segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O SEGREDO DO GRAAL

As gaivotas falaram-me de ti
Com palavras desenhadas na areia
Ainda molhada da maré.
Disseram-me que contavas histórias remotas
Construídas sobre mitos
Que guardavas fechados
Para os entregares a alguém
Que como tu
Também partilhasse o desejado
E quisesse compreender o incompreensível.

Não sei porque me escolheram
Para confiarem o teu segredo
Mas cada uma repetiu-mo baixinho
À medida que o bando se levantava.
A última, já de longe, disse-me para ir atrás de ti.

Procurei-te na praia.
Esperei-te junto ao mar
No luar de Agosto e nos poentes de Outubro.
Acreditava que as gaivotas iam voltar
Para me confiarem o lugar onde existias.
Nenhuma voltou àquela praia.

Tentando decifrar a mensagem das gaivotas
Parti para dentro de mim
Mergulhei no mundo dos meus heróis e utopias,
Menestréis e sonhadores
Pensando que através dessa loucura intemporal
Me aproximasse de ti
E que dessa forma achássemos,
No nó das duas procuras,
O que ambos desejamos:
O segredo do Graal.


gm

2 Comentários:

Às 14 de outubro de 2008 às 18:03 , Blogger GP disse...

Vim dar uma voltinha e aproveitei para ler o poema. A cabeça está tão desgraçada que nem o poema entrou. Tenho que voltar outro dia.

beijo

 
Às 14 de outubro de 2008 às 21:33 , Blogger Gaivota Maria disse...

Este poema é de uma época em que tive de fazer um trabalho sobre o Quinto Império, os Templários e o graal. Foi uma tentativa de descontruir os 3 conceitos em função de moi même. beijinho

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial