O SEGREDO DO GRAAL
As gaivotas falaram-me de ti
Com palavras desenhadas na areia
Ainda molhada da maré.
Disseram-me que contavas histórias remotas
Construídas sobre mitos
Que guardavas fechados
Para os entregares a alguém
Que como tu
Também partilhasse o desejado
E quisesse compreender o incompreensível.
Não sei porque me escolheram
Para confiarem o teu segredo
Mas cada uma repetiu-mo baixinho
À medida que o bando se levantava.
A última, já de longe, disse-me para ir atrás de ti.
Procurei-te na praia.
Esperei-te junto ao mar
No luar de Agosto e nos poentes de Outubro.
Acreditava que as gaivotas iam voltar
Para me confiarem o lugar onde existias.
Nenhuma voltou àquela praia.
Tentando decifrar a mensagem das gaivotas
Parti para dentro de mim
Mergulhei no mundo dos meus heróis e utopias,
Menestréis e sonhadores
Pensando que através dessa loucura intemporal
Me aproximasse de ti
E que dessa forma achássemos,
No nó das duas procuras,
O que ambos desejamos:
O segredo do Graal.
gm
2 Comentários:
Vim dar uma voltinha e aproveitei para ler o poema. A cabeça está tão desgraçada que nem o poema entrou. Tenho que voltar outro dia.
beijo
Este poema é de uma época em que tive de fazer um trabalho sobre o Quinto Império, os Templários e o graal. Foi uma tentativa de descontruir os 3 conceitos em função de moi même. beijinho
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