segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A MINHA CARTA PARA O PAI NATAL

Não me lembro de alguma vez ter escrito ao Pai Natal para pedir presentes. Este ano contudo decidi-me a fazê-lo. O que quero não é só para mim, mas sim para todos quantos vivemos no local a que chamavam dantes “jardim à beira-mar plantado“. E como são coisas gerais, abarcando várias áreas, escolhi para personificar o Bom do Velho e ouvir os meus pedidos a única pessoa que neste país poderá dar-nos aquilo com que todos sonhamos: o nosso primeiro-ministro. Assim este texto tem o subtítulo de “Carta ao Engenheiro Sócrates – o Pai Natal Português”. E começo:

Senhor Engenheiro Pai Natal (não digo querido porque este adjectivo só o uso para pessoas amigas e eu não o conheço de lado nenhum a não ser da TV)
Como o Natal está aqui mesmo ao virar da semana, eu gostaria de lhe fazer alguns pedidos. Sei que não posso exigir muito, porque o dinheiro vai curto para uma boa parte do país: aquela parte dos desempregados, reformados e até dos trabalhadores que perderam o poder de compra e a vontade de viver num país em que há uma dúzia muito larga de pessoas que ganham milhões em salários ou reformas, como os gestores, o Director do Banco de Portugal (que, segundo o próprio diz, ganha assim porque foi o que lhe estabeleceram como ordenado) e alguns políticos que tendo começado com uma mão atrás e outra à frente, aproveitaram tão bem os cargos (sobretudo quando chegaram aos governos) que saíram de uma vida de poupança e hoje têm verdadeiras fortunas que não escondem do povo português e a quem ninguém castiga porque têm impunidade ou andam protegidos. Não cito nomes, porque, além de todo o país, o Snr. Engenheiro Pai Natal sabe bem quem são. Deve ser muito difícil gerir uma situação destas. Por isso é que certamente o Senhor não a consegue resolver. E talvez por isso é que está sempre a dar ordens com cara de zangado ou põe outros a dá-las por si, como Pai natal faz com as renas. Aí vão pois alguns pedidos da longa lista que eu e o país temos:
O primeiro era perder esse ar de quem quer, posso e mando. É que “os pais intransigentes fazem os filhos desobedientes”. Sobretudo quando os primeiros não dão os exemplos.
O segundo consiste na realização de um teste que ajude os portugueses a perceber a guerra com os professores. Porque não aplicar os diplomas lurdinianos da avaliação e do estatuto da carreira docente (alterando a respectiva nomenclatura) a todos quantos neste país têm uma carreira, assim como os magistrados e políticos? Comece já a pensar quem iria ser o seu avaliador, senão corre o risco de não chegar a titular.
O terceiro era impedir que os seus ministros usassem francesismos do tipo “jamais” ou semelhantes, para evitar que os coitados saiam desautorizados das situações.
O quarto era distribuir o excesso de “Magalhães” que parece ter, por quem precisa realmente deles, tais como instituições de solidariedade social de jovens. Só no Barreiro há uma que tem apenas 3 computadores para 40 internos. Talvez os seus assessores queiram dar uma ajudinha pois com o país neste estado nem devem precisam deles
O quinto era acabar de vez com o seu sonho pessoal do TGV. Para os nossos gastos chegam bem os comboios que temos. E afinal o TGV vai acabar por andar ao passo do Alfa.
O sexto e último, último só porque já esgotei a reserva de espaço neste jornal, é perguntar-lhe porque razão é que as soluções que ontem apresentou para a crise, na sua maioria, são iguais às promessas eleitorais que o fez chegar ao lugar onde está. Se vai por aí, vai perder-se no caminho e nós queremos que o Pai Natal faça uma Boa Viagem de regresso à sua terra de frio e neve.

9 Comentários:

Às 15 de dezembro de 2008 às 22:59 , Anonymous Anónimo disse...

Ora muito boa noite.Arrumei agora a cosinha depois de um jantar cuja entrada foi a tal salada do gabion.Tem mesmo que ser homem porque me vi grega para acertar as quantidades e mesmo assim terão que ser novamente testadas.O queijo não foi de cabra não tinha,mas mesmo assim digo-te que é uma delícia.Os sabores misturam muito bem e é um regalo para os olhos.Depois de alguns truques será uma entrada a não perder.Náo sei se o gabion fez de propósito mas se o fez não conseguiu.Os vinhos ainda não tive tempo de descobrir.Merece um vinho especial para estes sabores.

um voar saboroso
g.mimi

 
Às 16 de dezembro de 2008 às 11:04 , Blogger Gaivota Maria disse...

Obrigada pela informação. Continuo convencida que é homem. Aquele cuidado com os vinhos....

 
Às 16 de dezembro de 2008 às 19:44 , Anonymous Anónimo disse...

coZinha.

 
Às 17 de dezembro de 2008 às 11:46 , Blogger Gaivota Maria disse...

Não te dise nada sobre isso porque
no computador o z está por baixo do s. Só por isso deixei em branco a situação.
Beijo
Amanhã não vou poder ir à pintura

 
Às 17 de dezembro de 2008 às 17:37 , Anonymous Anónimo disse...

Os meus conhecimentos,sim porque eu sou básica, ainda chegam para saber escrever cozinha,esclareço o anónimo.Gaivota maria tu podes corrigir .Mas os doutos em computadores sabem bem distinguir estás trocas de letras, acentos e companhia limitada e dar mais importância ao não visível.

é por isso que eu gosto do gabion


GAIVOTA MIMI(e muito obrigada aos puristas da língua)

 
Às 17 de dezembro de 2008 às 19:21 , Anonymous Anónimo disse...

Juro que não fui eu quem fez a correcção. Estou a ficar com ciúmes do gabion
Beijinho

 
Às 18 de dezembro de 2008 às 00:02 , Anonymous Anónimo disse...

Cheguei agora mesmo e vi que isto está muito animado. Mas vamos por partes:
1)Gaivota Maria, gostei muito desta Carta ao Pai Natal, é bom que haja alguém que vá pondo os pontos nos iiiii...
2)Eu nunca fui professora, mas tenho a mania de marcar erros... neste caso, juro que o anónimo da coZinha não sou eu!
3)Gaivota Mimi, para além de achar fantásticos os nítidos melhoramentos informáticos, achei também fantástica a ideia de experimentares a salada do gabion, também vou pensar nisso.
4)Por falar em gabion (eu adoro-o) continuo na minha de que é mulher... sim, algum homem se lembraria de enfeitar a salada com violetas?!
Passem bem
gaivota do sul

 
Às 18 de dezembro de 2008 às 09:55 , Blogger Gaivota Maria disse...

Querida Gaivota do Sul:
Ando a tentar lavar a minha alma que andava sufocada com toda a situação deste país. O governo que já não era bom, está de cabeça perdida a tentar tapar buracos. Isso vê-se em coisas como "dispensar da avaliação os colegas que estão a 3 anos da reforma". Porque não assumem que estão a errar em muitos aspectos?

Quanto ao Gabión se não é mulher tem um lado feminino encantador. Por isso se sente bem entre nós.
A Mimi tem feito um esforço tremendo em termos de computador. E estão a resultar. Fico à espera de uma poesia para o Natal

 
Às 19 de dezembro de 2008 às 22:34 , Anonymous Anónimo disse...

Olha que não tenho feito muito esforço,senão já tinha avançado para a tua categoria.Não tenho que provar nada a ninguém e só faço agora o que me dá prazer.Os blogues escolho-os a dedo,apenas aqueles cujos assuntos me interessam.E sou muito selectiva.Adoro passar por básica,ih,ih,ih!!!
A próxima conversa vai ser com o GABION mesmo sem violetas.
Ó gaivota do sul quem senão um homem para atirar com umas violetas para um prato? Invenção pura.Só se forem de plástico,para fotografia até dava.


g.mimi

 

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