segunda-feira, 29 de outubro de 2007

De uma gaivota boémia


A manhã desfez-se na tarde
Que surgiu luminosa
E cálida.
E a ausência que éramos tu e eu
Deu lugar à presença
Que fomos nós.

E a tarde escorreu no tempo
Envolvida pelo som dos risos
E das palavras que não se escoavam,
Alumiada pelo brilho dos olhares
E acalorada no desejo satisfeito.

E o dia escureceu
Porque a noite apagou a tarde
Sem que a tivéssemos sentido sequer passar.
E quando a madrugada anunciou nova alvorada
Vendo-nos libertos já do peso da saudade,
Distraiu-se a ver-nos a sonhar.



Gaivota Maria Sol




4 Comentários:

Às 29 de outubro de 2007 às 22:30 , Anonymous Anónimo disse...

Nem só de pão vive o homem
Nem só o mar preenche uma gaivota
Ao Homem faz falta um olhar, um beijo
Á gaivota porque não?
Ao Homem um colo, um carinho
Á gaivota porque não?
Ao homem um ombro amigo, uma palavra de alento
Á gaivota porque não?
Ao Homem faz falta asas...
Á gaivota porque não?

 
Às 30 de outubro de 2007 às 10:13 , Blogger Gaivota Maria disse...

O que faz a gaivota voar é justamente a procura do que não encontra no mar, mas sobretudo na praia. E isso é algo que passa para além de um olhar, de um beijo, de um ombro amigo,da palavra de alento e até das próprias asas. Pensando em Fernando Capelo Gaivota: é a afirmação e a liberdade. Obrigada por me entender as minhas linhas

 
Às 30 de outubro de 2007 às 10:50 , Anonymous Anónimo disse...

Como eu a entendo...para além de ser uma apaixonada pela sua escrita. Parabéns...também por isso

 
Às 30 de outubro de 2007 às 11:42 , Anonymous Anónimo disse...

http://www.floricolor.pt/imagens/matosinhos/index.html
Espero que goste

 

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