sexta-feira, 7 de novembro de 2008

PARABÉNS A UMA MEMÓRIA DO CINEMA NACIONAL


Quem se lembra da Canção de Lisboa? Acho que toda a gente. E não porque o La Féria a encenou há pouco tempo, mas porque este sim, deve ter sido o filme português mais visto por todas as gerações há algumas décadas. Até os meus netos, habituados a outro genéro de filmes, se riem com a ingenuidade e alegria deste. Ora a CANÇÃO DE LISBOA está de PARABÉNS. FAZ HOJE 75 ANOS. Para comemorar a data e recordarmos a sua história, aqui vos deixo o que sobre ela nos diz a Wikipédia:

A Canção de Lisboa, 1933, realizado por José Cottinelli Telmo, é o primeiro filme sonoro português, que inaugura o seu principal género cinematográfico: A Comédia Portuguesa
As suas vedetas mais famosas são: Beatriz Costa, Vasco Santana e António Silva, todos eles protagonistas de A Canção de Lisboa. Sendo o restante elenco constituido pelos actores: Alfredo Silva, Ana Maria, Artur Rodrigues, Coralia Escobar, Eduardo Fernandes, Elvira Coutinho, Fernanda Campos, Francisco Costa, Henrique Alves, Ivone Fernandes, José Victor, Júlia da Assunção, Manoel de Oliveira, Manuel Santos Carvalho, Maria Albertina, Maria da Luz, Silvestre Alegrim, Sofia Santos, Teresa Gomes e Zizi Cosme

Foi um filme que, na época, obteve grande sucesso e êxito do público, não apenas em Portugal mas também nos então territórios de Ultramar e Brasil. Esse êxito deveu-se em parte ao carácter tipicamente português das personagens e das situações que permitia a total identificação dos espectadores com o filme. E em parte à introdução de canções que rapidamente se tornaram populares, não só neste filme mas em todos os outros do género. Por isso, estas comédias são clássicos do cinema português, onde nunca se deixaram de ver e rever até aos dias de hoje. A Canção de Lisboa não é apenas pioneiro deste género cinematográfico como também um dos melhores. Por ter sido considerado um objecto de prestígio, o valor dos bilhetes foi mais dispendioso do que o habitual. O sucesso alcançado foi de tal forma retumbante, que as receitas do filme permitiram, inculsivé, pagar uma grande parte das instalações da Tóbis que se encontravan então em construção.
Para além dos actores, outros grandes nomes da arte portuguesa marcaram a produção deste filme, por exemplo, os cartazes: Nada menos que três fora concebidos por Almada Negreiros. Outra participação enaltecedora deste magnífico filme foi a de Manoel de Oliveira então no começo da sua carreira cinematográfica como realizador, aparece neste filme como actor, interpretando Carlos, o melhor amigo do actor principal Vasco Santana.
A Canção de Lisboa, pilar do cinema portugês, ironicamente não foi relizado por um cineasta mas sim por um conhecido arquitecto José Cottinelli Telmo, tendo aliás sido o único filme por ele realizado. O uso do espaço em Lisboa, tanto em cenários de estúdio como em cenários naturais, é característico da sabedoria de um arquitecto. Por todos este motivos A Canção de Lisboa é um clássico e ao mesmo tempo um filme único que ficará para sempre como marco e testemunho da evolução cinematográfica portuguesa.

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