AOS FELIZARDOS DOS SETEMBROS EM VILAR DO PINHEIRO
SETEMBRO
Eram belas aquelas tardes de Setembro,
as últimas das férias,
em que o sol brilhava
e cada um de nós tinha um lugar próprio
no meio de todos.
Os nossos pensamentos,
cheios de pequenos nadas,
enchiam-nos a alma
e escreviam FELICIDADE
nos nossos corações.
Com as flores
Desenhávamos mensagens
Numa espécie de código
Que só nós entendíamos.
Eram belas também as noites de Setembro
Em que contávamos estrelas
Enquanto palmilhávamos o caminho
Demarcado pela luz dos pirilampos.
Então as nossas lágrimas nunca eram de tristeza.
Eram lágrimas de amor
Só chorávamos porque éramos felizes.
Agora continua a haver Setembro
Com o mesmo sol e as mesmas estrelas.
Só que já não é o nosso Setembro.
No de hoje há muitos lugares vazios
E os nossos sorrisos são feitos de saudade
Não só pelos que partiram
Mas também pelos que ficaram,
Mas se perderam dos nossos dias.
Contudo
Onde quer que estejamos
A lembrança dos nossos Setembros
É como se o antes tirasse lugar ao depois,
Voltássemos a ser jovens
E estivéssemos juntos outra vez.
IL
Etiquetas: Setembro
7 Comentários:
Simplesmente...liiiiiiiindo!!!!!!
Não sei quem é este anónimo. Tenho apenas uma ideia de quem seja. Se é dos felizes que viviam estes Setembros, apenas deixo um abraço. Se é de alguém quem não teve a oportunidade de ter um Setembro destes na sua vida só gostaria de lhe dizer que por muito que possa imaginar nunca poderá sentir o o fascínios das nossas vivências naquele mês
Anda outro GABION na costa?
AI,ai-lembranças quem as não tem?E muitas vezes pelos que se perderam pelo caminho---e mais não digo.
Belo texto
gaivota mimi
Não Mimi, não anda nenhum gabión ou passaroco na costa. Acontece às vezes que certas situações nos fazem lembrar os que estão cá e se perderam de nós, para além dos que partiram. E acho, sempre achei, que a melhor forma de estarmos bem connosco é recordar os bons momentos, as boas amizades, as pessoas que andam por aí e de que a vida nos afastou, às vezes até por comodismo. Estes Setembros existiram. Foram únicos. Descrevê-los daria um bom livro, cheiinho de ternura e de alegria. Só que para isso deveria ser escrito a várias mãos. E a fazê-lo não poderíamos demorar muito.
Coloco aqui em comentário, sem o autor saber, o conteudo de um email
que recebi de um grande amigo dos Setembros. tenho que o ensinar a escrever em comentários
"Muito obrigado Isabel
Descreveste muitíssimo bem as vivências desses já longínquos Setembros!
Como um dos protagonistas desses tempos e pela indiscutível qualidade da tua poesia (pois claro que é poesia e não serão muitos os que a conseguirão tão bem),fiquei profundamente comovido com os teus versos. Felizmente estou só junto do PC, porque as teimosas lágrimas ainda não me deixam ver com nitidez o que estou a escrever.
Um grande beijo do D.
Ó Maria, o outro Gabion a que me referia era o que te escreveu "simplesmente liiiiiindo!"
O texto do teu amigo D, é uma ternura e já não é a dos quarenta por isso mais delicioso ainda.
g.mimi
e...é Domingo
Creio que o anónimo a que te referes é do sexo feminino e uma grande amiga minha que não tenho visto muito apesar de vevermos bem perto. Mas a vida tem destas coisas. Seria a parceira ideal para a história dos setembros. Mas temos que nos apressar porque as donas da casa estão óptimas mas têm mais de 90. O meu amigo D. é um ser especial que num desses setembros descobriu a mulher da vida dele. E é um marido ÚNICO.
Continua a pastar neste domingo que eu vou fazer o mesmo. beijinho
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