O TEMPO REPETE-SE. ASSIM COMO A HISTÓRIA
Em 1974, durante a dita Revolução dos Cravos, os anti-fascistas deste país entoavam a canção que acabamos de ouvir "SOMOS LIVRES" como uma bandeira da realização do seu desejo de liberdade e de proclamação das ideias socialistas. Atentem bem na letra dela
Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.
Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.
Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.
HOJE, com um país desfeito pelas inúmeras bandalheiras de que tem sido alvo pelos seus próprios governantes, que, indiferentes à solução da crise importada dão a prioridade aos resultados das eleições que os podem manter no poleiro, acho que poderíamos pegar novamente nessa canção e adaptá-la aos tempos que vivemos. Mas porque "somos um povo que cerra fileiras, parte à conquista do pão e da paz" e por que "somos livres" e porque a música está a mudar muito, os Xutos e Pontapés já criaram uma nova canção revolucionária que representará com maior realidade este povo que alguém parece querer que se torne "SEM EIRA NEM BEIRA"
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial