O TEMPO DE AUSÊNCIA
Dia a dia marquei no calendário
O tempo da ausência.
Enchi os meus dias
de passeios pela praia
para acompanhar o voo das gaivotas
e sonhar que podia ir com elas
levar-te os meus sonhos e desejos
do tempo de regresso.
Misturei os meus papéis de trabalho
com as palavras do Aznavour
e às vezes do Sinatra
para não sentir os dias que passavam
sem voltares.
Mudei três vezes
as rosas vermelhas
da minha jarra
e tu não chegaste a vê-las.
Agora vou colorir o resto dos dias
com a cor da esperança
para que este novo tempo que falta
seja um tempo breve
e que as gaivotas me devolvam
os meus sonhos e os desejos
do tempo de regresso.
GM
3 Comentários:
Que belo poema!
Como todos, claro!
Um abraço da
gaivota do sul
Faz-se o que se pode. Um beijo
A minha ausência não foi por «desAmor» ou esquecimento da GM e das outras G, apenas por «ausência» de tempo. Na semana anterior 3 dias de congresso na capital, nada a ver com PSD, apenas com a minha profissão, e esta também bastante ocupada.
A produção de poesia encontrada é fascinante, não tenho a veia poética da GM/SS, nem da MC por isso limito-me a deixar a minha a dmiração e o meu obrigado com este soneto de Natália Correia.
Jorge Antunes
Creio nos anjos que andam pelo mundo,
Creio na Deusa com olhos de diamantes,
Creio em amores lunares com piano ao fundo,
Creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes,
Creio num engenho que falta mais fecundo
De harmonizar as partes dissonantes,
Creio que tudo é eterno num segundo,
Creio num céu futuro que houve dantes,
Creio nos deuses de um astral mais puro,
Na flor humilde que se encosta ao muro,
Creio na carne que enfeitiça o além,
Creio no incrível, nas coisas assombrosas,
Na ocupação do mundo pelas rosas,
Creio que o Amor tem asas de ouro. Ámen.
Natália Correia
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