sábado, 8 de novembro de 2008

LISBOA - o rio e a ponte


Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escaracéu.
Ainda palpitante voa um beijo.
Donde teria vindo! (não é meu...)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?

É uma ave estranha colorida,
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.

E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar...


Alexandre O’Neill

2 Comentários:

Às 8 de novembro de 2008 às 20:02 , Anonymous Anónimo disse...

...na outra ponta da ponte existe, num braço de rio, um paraiso onde gaivotas se juntam aos flamingos, num encontro de Nova Iorque!

 
Às 9 de novembro de 2008 às 10:07 , Blogger Gaivota Maria disse...

Gostava de visitar o local. Mas quando vou a Lisboa nunca atravesso a ponte porque vou com o tempo todo contadinho. Espero uma lá ir com calma. Obrigada pela dica

 

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