RESPOSTA A PERGUNTAS QUE ME TÊM FEITO
O meu tempo
Tem andado espartilhado
Entre deveres a que me obrigam
E prazeres que me apetecia cultivar.
E é que nem me deixam fazer uma escolha.
Exigem o que não me apetece,
Que me irrita
E me dá trabalho,
Com vozes adocicadas de persuasão
Convencendo-me da minha obrigação
E que, sem mim,
Se perde a honra do convento.
Contudo não me tiram o sono
Porque esse é todinho meu.
Serve-me para imaginar
Que a vida é bela,
Que está sol ,
Que corro pela praia,
Que convivo com amigos
Os que vejo todos os dias
Ou os que de longe me lembram a sua presença.
Para voltar à rotina
De ser dona do meu tempo,
Em cada manhã que nasce
Corto uma fita ao espartilho.
E quando cair o último
Soará a liberdade.
Direi adeus aos deveres
E voltarei aos prazeres.
im
2 Comentários:
As perguntas não se fazem, e as respostas soam a um grande NADA (como se soubessem que não poderiam ser essas as respostas).
Que se corte, então, a última fita!
(E depois? Como farão as respostas para se iludirem?...)
Depois refugio-me no sonho
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