POEMA IV
Por tua causa canto as madrugadas que brilham.
De estranho reboliço estonteia-se-me a carne
e aberto às sementes fica o sangue a latejar.
É então que o teu olhar enternecido
se fecha
esquecido sobre o meu corpo.
E somos simples naturais:
a terra queimada para a ceifa
o mar correndo a percorrer
e o céu que tem azul e não é cor.
No mesmo gesto meu amor.
ISABEL ARY DOS SANTOS JARDIM
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