POEMA
Em que idioma te direi
este amor sem nome
que é servo e rei?
Como o direi?
Como o calarei?
É como se a noite se molhasse
repentinamente, quando choras.
É como se o dia se demorasse,
quando te espero e tu te demoras.
Albano Martins
Este é o caderno de uma gaivota que conta histórias, diz poemas e fala de coisas da terra onde nasceu, cresceu e paira diariamente a espreitar os homens que nela habitam. É uma terra de sol, vento norte que arrefece as tardes de verão, mas também de vento sul ou sudoeste que traz tristeza e lágrimas... Eu sou essa gaivota que às vezes parte para outras terras em direcção ao desconhecido. Acompanhem-me através das minhas palavras, das minhas músicas e das fotos que tirei durante os meus voos...
3 Comentários:
De volta ao aconchego da mamã para três dias de descanso, com tempo para passear por «aqui». Bom fim de semana com aroma de poesia.
Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!
Garcia Lorca
Jorge Antunes
À volta de um copo de vinho
Tarde fria,vento cortante,uma mesa virada para o mar,vozes que se cruzam,sussuros de afectos,música embalando nossas almas.
Olhávamos,as águas calmas,com brilhos do entardecer.
Um copo de vinho,entre as nossas mãos.
Gozávamos os nossos silêncios.Palavras para quê?
Nossos lábios tocavam o copo transparente,com vinho cor de granadas e aromas de madeira.
Saboreávamos o momento.
Nossas almas envolviam-se em poemas de amor.
Nossos olhares se cruzavam
Nossas mãos tocam-se.
Erguemos os copos
O mar,sempre o mar,numa plenitude que nos renova.
E,o nosso encontro,voltou a acontecer muitas vezes e sempre entre nós um copo de vinho e um entardecer.
Em casa,ligámos o computador.
Olá- está escrito
E, todo o nosso corpo estremece de medo, que não volte acontecer outro encontro
MC
Realmente faz-lhe bem o voltar a casa para junto da mãe. A vossa ligação umbilical parece a minha com as minhas pequenas(?). Só que os rapazes são mais pinga amor com as mães. Nós amamo-nos através da "discussão" que é o modo que arranjaram para me "proteger". Interessante é o que se passa com as netas universitárias.Inexplicavelmente são grandes apreciadoras das minha música, que alternam com a estridência da actual e estão sempre mais atentas ao que faço
(em poesia ou pintura)do que as mães. Tenho sempre uma pronta à espera de um trabalho meu.
Quanto ao neto esse é o propagandista da frase: - A minha avô tem 3 blogues e página no facebook - sempre que me apresenta a um amigo. E olha para mim com uma verdadeira adoração
Isto dá-me o mesmo consolo que a sua mãe recebe ao fim de semana. Um abraço
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