A UMA GAIVOTA DOCEIRA
A laranja olhou
Despediu-se da árvore
E saltou…
Depois rolou
Mas alguém a apanhou
E para a casa a levou.
E que fazer de laranja que rolou?
Quem a apanhou
Procurou, procurou
E encontrou
Destino para lhe dar.
Com cuidado arrancou
A casca de sol poente.
Os gomos todos picou
As sementes separou
E num tacho cheio de água
Ao lume tudo levou.
Depois açúcar juntou
E cozinhou, cozinhou…
E a laranja que rolou
Em compota se tornou
E num frasco acabou
E que faço eu aqui
Nesta longa lengalenga?
Fui o destino final
Da laranja que rolou
Tive o frasco de presente
E o doce que ele guardou
Na minha boca acabou.
IM
2 Comentários:
Delicioso este poema e de aromas perfumados,embrulhado em afectos e em frasco conservado.
Um abraço doce.
Quando eu estiver menos triste vou continuar a lengalenga
G.MIMI
Realmente ele está delicioso com aquele travo ácido que corte a demasia de açúcar. E com o requeijão huummmm... Só resisti a acompanhá-lo com Vinho do Porto. Obrigada
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