CHAMO POR TI
Como se o teu amor tivesse outro nome no teu nome,
chamo por ti; e o som do que digo é o amor
que ao teu corpo substitui a doçura de um pronome
- tu, a sílaba única de uma eclosão de flor.
Diz-me, então, por que vens ter comigo
no puro despertar da minha solidão?
E que mumúrio lento de uma cantiga de amigo
nos repete o amor numa insistência de refrão?
É como se nada tivesse para te dizer
quando tu és tudo o que me habita os lábios:
linguagem breve de gestos sábios
que os teus olhos me dão para beber.
Nuno Júdice
2 Comentários:
Hoje deste folga à tua musa? Ou feste mal o jantar de ontem?
Beijinho
Achas que depois de ter encontrado esta pequena maravilha do Júdice eu ia por uma coisinha das minhas?
Tenho a noção dos limites da minha poesia que me agrada porque é minha. Para as pessoas virem ao blogue, de vez em quando tenho que por a dos outros. Eles são os iscos para me lerem.
O jantar fez-me até muito bem. É sempre bom ter companhias inteligentes e interessantes.
Beijinhos
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