CANÇÃO TRADICIONAL (enviada por um anónimo)
"CANTO DE NATAL":
Ah! Vinde todos neste dia
Cantar um hino de louvor
Hino de paz e de alegra
Que os anjos cantam ao senhor
Glória in excelsis Deo
Glória in excelsis Deo
Naquela hora abençoada
Em que nasceu o Senhor
A terra inteira foi abraçada
Pelas palavras deste clamor
Glória in excelsis Deo
Glória in excelsis Deo
Há uma voz pela campina
Anunciando que Deus nasceu
Naquela gruta tão pobrezinha
Cantam os anjos do céu
Ah! Vinde todos neste dia
Cantar um hino de louvor
Hino de paz e de alegra
Que os anjos cantam ao senhor
Glória in excelsis Deo
Glória in excelsis Deo
Naquela hora abençoada
Em que nasceu o Senhor
A terra inteira foi abraçada
Pelas palavras deste clamor
Glória in excelsis Deo
Glória in excelsis Deo
Há uma voz pela campina
Anunciando que Deus nasceu
Naquela gruta tão pobrezinha
Cantam os anjos do céu
3 Comentários:
Cartas ao Pai Natal I - Mário Soares
Pai Natal
Acordei agora da sesta. Tive um sonho original.
Conversei com a Maria
E achamos que não é sonho
Mas uma ideia genial!
Já fui ministro, primeiro-ministro
E duas vezes presidente deste país
Está na hora de mudar de ares
Aceitar novos desafios
Levar mais longe o nome de Portugal
Ou o meu nome... Como sempre quis.
Como tu tenho já uma certa idade
E no ventre a mesma proeminência
Decidi que para o ano quero ser o Pai Natal.
Portanto...
Olha pá faz as malas. Desocupa a Lapónia.
Vou ser eu o Pai Natal.
Tem lá paciência.
Assinado: Mário Soares
(Ex-deputado. Ex-Primeiro Ministro. Ex-Presidente da Republica. Ex-Deputado europeu. Futuro Pai Natal)
Cartas ao Pai Natal II - Manuel Alegre
Pai natal quando voares nos céus da minha Pátria
Quando aterrares as renas nas planícies do meu País
Lembra-te desta carta, pedido singelo
De um homem que só para a Pátria pede
Para si... Nada quis.
Se o nevoeiro que levou D. Sebastião
Te fizer perder o rumo e baralhar o norte
Segue o cheiro a verde pinho
Ouve a minha trova no vento que passa
E chegarás às chaminés do meu país
Pátria desafortunada. Sem euros. Má sorte.
Numa das chaminés de Lisboa
Sentirás o odor e verás o fumo negro da traição
Que o teu trenó sobre ela paire
Que sobre a chaminé de Soares a tua rena páre
E solte bosta. Um imponente cagalhão.
Assinado: Manuel Alegre
Cartas ao Pai Natal III- Jerónimo de Sousa
Camarada
Tu que és explorado pela entidade patronal
Durante a época do Natal
Usado como símbolo do capitalismo
Para fomentar o consumismo
Desenfreado, descontrolado
Que enriquece a burguesia
E empobrece o proletariado
Junta-te a nós no combate
Contra a guerra no Iraque
Oferece Che Guevara's não ofereças Action Man's
Luta pela igualdade feminina
Não dês Barbies mas Matrioshkas
Educa as crianças de hoje
Comunistas amanhã
Substitui o Harry Potter pelo livro "O Capital".
Camarada
Reivindica o teu direito a um transporte decente
Pára o trenó e as renas
Que não é veículo de gente operária e trabalhadora
Como tu oh pai natal!
Unidos venceremos o imperialismo e os reaccionários
Viva o Natal dos oprimidos
Viva o Natal dos operários!
Assinado pelo candidato: Jerónimo de Sousa
(Carta aprovada por unanimidade e braço no ar pelo Comité Central do PCP)
Cartas ao Pai Natal IV- Francisco Louçã
Isto não é uma carta!
É um manifesto. Um protesto. Uma petição
Assinada por dezenas de intelectuais
E outras pessoas que jamais
Se reviram numa festa
Bacanal
Orgia de oferendas
Dadas sem qualquer critério
E que perpetuam uma tradição
Caduca. Reaccionária. Clerical.
Que tu representas oh pai do natal.
Com esta petição pretendemos
Que a data seja referendada
Não imposta, decretada
Por um estado economicista e liberal
E que seja celebrada quando um homem quiser
Não à roda da mesa. Consoada.
Mas num portuguesíssimo arraial.
Assina: Francisco Louça
Cartas ao Pai Natal V - Aníbal Cavaco Silva
Excelentíssimo Senhor Doutor Pai Natal
Venho por esta via pedir para a minha Maria
O Kama Sutra, versão condensada
Não sei se a minha Maria teria
Para a versão completa e ilustrada
Suficiente pedalada.
Eu para mim
Por ora nada peço
E de momento nada digo
Não abdico do meu direito de manter o suspense
E de fazer tabu do meu posterior pedido.
Mas.... E só isto adianto
Não preciso de Viagra
Para acompanhar a minha Maria na leitura
Do acima citado livro
Que teso e hirto ando eu sempre
Não precisando por isso de muleta
Ou qualquer outro suplemento
Para manter a rigidez
E o meu porte sobranceiro.
Despeço-me atentamente economizando palavras
Porque como vossa Excelência sabe:
Os tempos são de crise e tempo é dinheiro.
Assina o Professor Doutor:
Cavaco Silva
Mil vezes a escrita do GABION.
Por mim fico-me por aqui.
g. mimi
Caro anónimo.
Se bem que tivesse achado piada, acho que estas cartas não condizem com o espírito natalício imposto neste blog. Por isso vão ficar em comentário
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