GAIVOTAS + LISBOA: QUE COMBUSTÃO! GRANDE O'NEILL
Congresso de gaivotas neste céu
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo.
Querela de aves, pios, escarcéu.
Ainda palpitante voa um beijo.
Donde teria vindo! (Não é meu...)
De algum quarto perdido no desejo?
De algum jovem amor que recebeu
Mandado de captura ou de despejo?
É uma ave estranha: colorida,
Vai batendo como a própria vida,
Um coração vermelho pelo ar.
E é a força sem fim de duas bocas,
De duas bocas que se juntam, loucas!
De inveja as gaivotas a gritar...
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
2 Comentários:
Escrevi um pequeno texto sobre gaivotas. Curioso, só vi o poema aqui depois de o ter escrito. Às vezes as ideias surgem iguais e em simultâneo, mas tão diferentes!
Beijo
Querido David
Que belas palavras tem nas tuas gaivotas! Espero que a Medicina não nos faça perder um escritor. Um beijinho
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