Olhaste no fundo dos meus olhos
e adivinhaste-me
tornando tuas as pequenas coisas
que eu julgava guardadas só em mim.
Leste o livro dos meus sonhos
e partilhaste-os com os teus,
num escrito a duas mãos
que mais do que de amor nos fala de
vida,
da imagem do nosso dia-a-dia,
desta estranha maneira de ser e de estar.
Se alguém o conseguir ler
evite criticar.
Limite-se apenas a entender
que há mil modos distintos de cada um sentir
o que vulgarmente se designa por “amar”.
SS
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