DERRADEIRO POENTE
É pena, amor,
Mas chegaste tarde.
Vieste na ponta do último raio de sol
De um derradeiro poente.
Não o fizeste de propósito
Acho que foi apenas
Porque não sabias o caminho até mim.
Não peças perdão.
Acredito que demoraste
Porque a viagem foi longa no tempo
E me querias trazer um presente
Que julgavas o mais indicado
Para alguém que não conhecias,
Mas cuja existência intuías
E querias encontrar
Para te descobrires a ti próprio.
E que certa foi a escolha!
Para alguém que vivia
Na sombra dos desafectos
Nada como o que trouxeste:
A luz desse teu sorriso.
Mal me olhaste, eu brilhei
E entendi de repente
Que apesar de tantas trevas
A vida tem um sentido.
Pena ter acontecido
No último raio de sol
De um derradeiro poente
GAIVOTA MELANCÓLICA
Mas chegaste tarde.
Vieste na ponta do último raio de sol
De um derradeiro poente.
Não o fizeste de propósito
Acho que foi apenas
Porque não sabias o caminho até mim.
Não peças perdão.
Acredito que demoraste
Porque a viagem foi longa no tempo
E me querias trazer um presente
Que julgavas o mais indicado
Para alguém que não conhecias,
Mas cuja existência intuías
E querias encontrar
Para te descobrires a ti próprio.
E que certa foi a escolha!
Para alguém que vivia
Na sombra dos desafectos
Nada como o que trouxeste:
A luz desse teu sorriso.
Mal me olhaste, eu brilhei
E entendi de repente
Que apesar de tantas trevas
A vida tem um sentido.
Pena ter acontecido
No último raio de sol
De um derradeiro poente
GAIVOTA MELANCÓLICA
6 Comentários:
Descontrução de um poema
E,em vez de sol" um derradeiro poente".Mas..."a vida tem um sentido".a luz desse teu sorriso""que julgavas o mais indicado",quando eu te confronto com as palavras que escreves"acredito que demoraste a perceber",e que certa foi a escolha",atirar para o papel o que sentes" para te descobrires a ti própria e
"entendi de repente"
os afectos que nos unem
MARIA,MARIA
Nunca tenhas pena do tempo em que as coisas acontecem: não há coisas tardias de mais, porque o tempo é sempre o certo. Para tudo. Mesmo que fosse um derradeiro momento - o mais sublime de todos! - no último sopro de uma vida inteira.
Gostei das palavras de este anónimo mas... não ficava nada mal se tivesse um nome.
g.mimi
Não achas que muito mais fascinante o anonimato? É quase como o desafio de descobrirmos a pessoa real por detrás dos heterónimos. Julgo que sei quem é e será uma anónima que sempre se conserva assim. Mas este estilo é-me familiar
Só duas palabras: IM-PRESSIONANTE.-
Quando veremos tudos estes poemas recolhidos num libro e publicados??
De facto todos os anónimos têm um nome, Gaivota Mimi, mas às vezes o que dizem é tão 'banal'e apenas esquecido no correr dos dias, que poderia ser dito por mil pessoas, sem que o nome seja importante.
E a Gaivota Maria, distraída em tantas coisas, não é tão 'distraída' assim noutras...
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