SUL
A chuva bordou cortinas novas Por fora da minha janela Que se fiam ao sabor do movimento das gotas E me metem pela casa dentro Paisagens diversas a cada aguaceiro. Sempre que olho Há cores novas, Movimentos variados. Nunca são os mesmos Como nos dias de sol. Por vezes, Uma enorme nuvem diáfana Cobre como um manto de noiva O alto da serra, Aquele sítio onde o meu olhar costuma procurar O sul. Porque um dia perdi o norte Eu não sei viver sem o sul. Este evoca-me sempre o sol, E traz-me energia e vida. Não é como o equador Apenas uma linha abstracta Traçada por alguém desconhecido. O meu sul é um retalho de calor Escolhido por mim E onde anseio construir, Com o passar de cada estação E o saber trazido por cada tempo, Um novo local para outra forma de existir Onde o ser que sou se desvaneça Em momentos eternos de paixão. Gaivota em terra em dia de dilúvio– Maio de 2008 |
9 Comentários:
Que lindíssimo poema... parece uma aguarela, conseguimos ver a cor e o desenho... muito bonito!
Esqueci-me de assinar o comentário anterior.
Parabéns pelo belo poema
gaivota do sul
Adorei.Porque não pintas?O poema dá um belíssimo quadro.Precisas de uma ajuda iiiiiiiiiiiiii.
G. MIMI
Esta Gaivota não se chama 'Maria', pois não?!..
Mimi
Estás à vontade de começares tu a fazê-lo. Maria
Há muitos anónimos, 'Maria', há muitos anónimos...
Isto está a animar!
MARIA,MARIA-quem éstu?
Eu,eu-sou aquela...Mas quem sou eu afinal?
Tua para sempre
MARIA
Frio, Maria, frio... (o palpite)
Mas há sempre calor em ti, e ainda bem.
Mas qual palpite?Ai,que eu já não sei português!Ou não me faço entender.
MARIA,MARIA
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