A MEMÓRIA DO 31 DE JANEIRO
Com pompa e circunstância, celebrou-se este fim-de-semana no Porto, a memória da Revolução de 31 de Janeiro. Compreende-se que tudo se tenha passado naquela cidade porque ela foi o verdadeiro palco dos acontecimentos que poderiam ter antecipado a implantação da República em Portugal. Acompanhei o acontecimento pela televisão e penso que o país terá ficado ciente do papel importante que o Porto desempenhou no caminho para a liberdade. Estranhei, e muito, Matosinhos não ter participado na festa. A nossa Câmara, sempre atenta à História local, perdeu uma oportunidade de ouro de se ter colado ao que se passou no Porto. Para os que não sabem eu conto: os revoltosos do 31 de Janeiro, que não morreram na refrega, foram trazidos para o anteporto de Leixões onde se mantiveram bastante tempo presos em barcos aí fundeados e onde acabaram por ser julgados. Rezam os jornais da época que, aproveitando os carros americanos que faziam as ligações entre o Porto e Matosinhos, aos domingos centenas de pessoas, a maioria sendo familiares dos detidos, para aqui se deslocavam na vã tentativa de com eles poderem contactar ou pelo menos os avistarem.Foi pena este facto não ter sido relembrado hoje em Matosinhos.
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