CHEGUEI HÁ POUCO DO AMOR
Cheguei há pouco do amor (cidade de gaivotas loucas e
luzes cegas). não concordas? eu sei já sei: vês as coisas
como falésias altas e impossíveis como ameias. cheguei há
pouco do amor e trago comigo este discurso aprendiz:
o idealismo. desculpe: o que pensa destas palavras dos
começos desse caminho as dóceis letras da promessa?
perdão perdão: há que passar para o outro lado (um
parâmetro de cada vez). se bem me lembro em pequeno
as cigarras podiam ser domesticadas e cada adeus
era um veneno. obrigado obrigado: também me pareceu
ser essa a sua opinião. cheguei há pouco do amor e
vejo as certezas do mundo como uma ilusão. receio pelo
eterno procuro a fantasia mas: é sempre no ventre
dessas gaivotas que se dão os primeiros beijos
João Luís Barreto Guimarães
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2 Comentários:
Cara Gaivota Maria a sua poesia e a do bando de «Gaivotinhas Poéticas» tornam o seu blog uma pérola. Dedico a todas esta poesia.
Bom fim de semana.
Jorge Antunes
Enquanto houver uns olhos que reflectem
outros olhos que os fitam,
enquanto a boca responda a suspirar
aos lábios que suspiram,
enquanto sentir-se possam ao beijar-se
duas almas confundidas,
enquanto exista uma mulher formosa,
haverá poesia!
(Gustavo Adolfo Bécquer)
Pérolas destas têm de ser mostradas ao público. Um abraço
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