SONHAR
Hoje sonhei contigo.
Não no sentido de desejar
Ou mesmo de imaginar.
Sonhei mesmo
No sentido literal do termo.
Não sei contar o que vi.
Raramente me lembro
Do que sonho,
Mas sei sempre com quem sonho.
Por isso sei que estavas lá
E falaste comigo.
O quê? Não sei,
Porque também esqueço as palavras
No lusco-fusco do sono.
E que interessa
O que disseste?
Nem sequer te respondi.
O que nunca perco
É o sentir da presença.
E a tua estava ali.
Percebi-o na forma de despertar
Devagar
Bem relaxada
Envolvida no calor
Que o teu corpo me transmite.
Sonhar deste modo tão doce
É como acordar do amor.
SS
3 Comentários:
Nem o mau tempo desanima o bando.Na contemplação dos céus,nós nos deslumbrámos e a poesia acontece.
G.MIMI
Encontrar um «bando» de tão simpáticas «Gaivotas» foi um privilégio. Gaivotas lembram-me o Mar, uma das minhas paixões, a todas deste bando dedico esta poesia:
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
Não pela cor
Mas pela vastidão da alma
E trazem a poesia nos dedos e nos sorrisos
Ficam para além do tempo
Como se a maré nunca as levasse
Da praia onde foram felizes
Há mulheres que trazem o mar nos olhos
pela grandeza da imensidão da alma
pelo infinito modo como abarcam as coisas e os Homens...
Há mulheres que são maré em noites de tardes..
e calma
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Jorge Antunes
Não me perturbe o bando, Jorge. A gaivotada anda toda excitada com os seus elogios e assume a bela poesia com que nos tem brindado como uma prenda especial. E depois pôem-se todas a imitar os poetas e isto qualquer dia dá mau resultado. Já se fala em publicar a versalhada que têm feito.
Vamos lá ver se o mau tempo as sossega pois têm de se recolher.
Que aproveitem para reflectir. Preparemos boas leituras e boa música para aguentar a intempérie.
Um abraço
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