PARA REFLECTIRMOS NO QUE EÇA ESCREVEU HÁ MAIS DE 100 ANOS
Eça de Queiroz in Uma Campanha Alegre, 1871
Este é o caderno de uma gaivota que conta histórias, diz poemas e fala de coisas da terra onde nasceu, cresceu e paira diariamente a espreitar os homens que nela habitam. É uma terra de sol, vento norte que arrefece as tardes de verão, mas também de vento sul ou sudoeste que traz tristeza e lágrimas... Eu sou essa gaivota que às vezes parte para outras terras em direcção ao desconhecido. Acompanhem-me através das minhas palavras, das minhas músicas e das fotos que tirei durante os meus voos...
Russos acham que Salazar é um exemplo
Etiquetas: Santo Condestável
"Nós temos o governo que merecemos, temos os partidos que merecemos, temos os sub-sistemas de saúde e educação que merecemos, porque somos responsáveis pela nossa sociedade ... Cabe-nos a nós impor regras, exigir condutas e, quando for necessário, substituirmos os governantes"
Claro que este blog não poderia deixar de comemorar um dia tão importante. Por isso aqui fica uma poesia que evoca os nossos amigos livros
Etiquetas: Dia Mundial do Livro
Lembram-se com toda a certeza destes primeiros versos da canção "Amores de estudante", que é uma espécie de hino dos escolares cá do Porto. Pois eu lembro-me bem dela e cantei-a muitas vezes. E pelo que acabo de ouvir até o nosso governo vai dar uma mão para a sua generalização de hino para a juventude deste país porquanto o nosso Primeiro Ministro, não contente com o apoio dado às Novas Oportunidades (um ensino que pela sua complexidade e profundidade tem tido uns resultados espantosos!!!) vem agora obrigar a malta deste país a 12 anos de escolaridade. Todos sabemos que os 3 anos do Secundário só interessam para quem vai prosseguir estudos. Se já há fuga nos 2º e 3º ciclos, para quem vem agora o engenheiro Pinto de Sousa obrigar a catraiada a aguentar mais aqueles anos finais?
Etiquetas: escolaridade obrigatória
Em 1974, durante a dita Revolução dos Cravos, os anti-fascistas deste país entoavam a canção que acabamos de ouvir "SOMOS LIVRES" como uma bandeira da realização do seu desejo de liberdade e de proclamação das ideias socialistas. Atentem bem na letra dela
JURO, (palavra de avezinha - como diziam as minhas filhas quando pertenciam às Guias de Portugal - não, não, esta era não era uma associação fascista, não confundir com a saudosa MP de que tenho tão boas memórias) que embora identificada com o meu nome, a poesia abaixo que me foi enviada em comentário, NÃO É DA MINHA AUTORIA. Gostaria que fosse, porque é muito bonita, mas não é. Acho que sei de quem é mas não digo.
Ofereceram-me um amor perfeito q "doente" e que recuperei com muita ternura e cuidado.
Etiquetas: Amor-Perfeito
Etiquetas: Queima do Judas
Minha aldeia na Páscoa...
Etiquetas: Medicamentos
Diz-me Marrano, meu irmão,
“Marrano” é a designação tradicional dada aos judeus forçados a converterem-se ao catolicismo na península Ibérica, sob pena de morte e confiscação de bens, nos séculos XV e XVI. Durante séculos a expressão foi considerada depreciativa por se julgar que derivava de “porco” em castelhano, na verdade, ela é obtida pela contracção das palavras hebraicas márre (מר — amargo/amargurado) e anúze (אונס — forçado / violado) – refere-se também aos seus descendentes, muitos dos quais optam agora pelo processo de conversão para “regressar” à sua tradição ancestral. Em hebraico, os marranos são conhecidos simplesmente como “anussim” (אנוסים).
Nota - Este texto foi tirado do blog http://ruadajudiaria.com/ A sua beleza tinha que ser partilhada
Porque gosto muito de O'Neill achei que esta bela poesia, também cantada em fado, seria a maneira mais bonita de comemorar esta efeméride
Gaivota
Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
morreria no meu peito,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.
Alexandre O'Neill
Um grande abraço a todos os meus companheiros de voo
A propósito da postagem que aqui fiz de um mapa com o Portugal Insular e Ultramarino e a que dei o título "ESTE É O MAPA DE UMA PARTE DO PAÍS EM QUE NASCI E CRESCI E QUE ME ROUBARAM", um anónimo, escondido atrás das iniciais BC, fez o seguinte comentário: