CON TE PARTIRO
Este é o caderno de uma gaivota que conta histórias, diz poemas e fala de coisas da terra onde nasceu, cresceu e paira diariamente a espreitar os homens que nela habitam. É uma terra de sol, vento norte que arrefece as tardes de verão, mas também de vento sul ou sudoeste que traz tristeza e lágrimas... Eu sou essa gaivota que às vezes parte para outras terras em direcção ao desconhecido. Acompanhem-me através das minhas palavras, das minhas músicas e das fotos que tirei durante os meus voos...
De quando em vez parto.
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
No azul do teu peito
Não tenho mais os olhos de menina
Houve uma intromissão de um texto que não deveria ter aparecido aqui e que não tenho ideia nenhuma de ter postado. Peço desculpa ao anónimo que o comentou mas tive que o eliminar porque não estava aqui a fazer nada. Esse não é o objectivo deste blog
As gaivotas falaram-me de ti
A nossa irmã Gaivota do Sul já voltou de um belíssimo fim de semana alongado nos Açores. Esperemos que venha retemperada e pronta para dar notícias. Um bater de asas de todas nós para ela
Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
… Assim escreveu Fernando Pessoa, em 1931, estabelecendo a união entre os conceitos de pátria e língua. Esta frase veio-me à ideia hoje ao pensar num famigerado acordo ortográfico que foi estabelecido, em 1990, sem que os portugueses tivessem sido ouvidos, e que, por ainda não estar ratificado em Portugal, o novo Ministro da Cultura se prepara para aprovar e implantar. Segundo foi estabelecido, aquele documento pretende defender a “unidade essencial da língua portuguesa e o aumento de seu prestígio internacional pondo um ponto final na existência de duas normas ortográficas divergentes e ambas oficiais: uma no Brasil e outra nos restantes países de língua portuguesa”. Ou seja portugueses, brasileiros e africanos das ex-colónias, vão ter que escrever todos da mesma maneira.
(in Matosinhos Hoje - 15/4/2008)
Sabíamos do mar sem o sabermos,
Se querem ter um momento de deleite puro cliquem no endereço abaixo e depois deixem-se levar pela voz que ouvirem a cantar a nossa "Gaivota". Será que podemos dizer que o fado é um sentimento exclusivamente português?
Não te amo mais.
Regresso devagar ao teu
Regresso a casa
A sós
BRINQUEDO
A palavra
Se for preciso, irei buscar um sol